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Correndo juntos por amor e saúde

Como a paixão pela corrida uniu Juliana Rodrigues e Raphael Bandarovsky, que encontraram um ao outro e uma vida mais saudável a partir do esporte


Os caminhos do amor: o pós-corrida a dois é melhor vendo o nascer do Sol na Vista Chinesa, no Rio de Janeiro


Você ainda tem dúvidas de que correr faz bem para o coração? Cardiologista, Juliana Rodrigues é expert no assunto e garante que os benefícios são 100% comprovados. E com direito a duplo sentido, afinal, ela conheceu seu namorado, Raphael Bandarovsky, correndo na Equipe Toscano. Desde então, o esporte só tem contribuído para impactar positivamente suas vidas e fortalecer o relacionamento dentro e fora das pistas.


A paixão pela corrida veio antes antes de se conhecerem. Juliana começou a correr durante sua residência médica, quando uma rotina intensa gerou ganho de peso e sedentarismo, que é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o quarto maior fator de risco de mortes no mundo. Foi um alerta para a profissional de saúde. "Quando resolvi me especializar na cardiologia, não fazia sentido ser sedentária enquanto propagava um mudança de estilo de vida para meus pacientes. Foi quando comecei a me exercitar com mais regularidade e a correr. Tudo se tornou um hábito e numa 'resolução de ano novo', coloquei como meta fazer uma meia maratona. Entrei na Equipe Toscano e comecei a treinar com orientação profissional. Completei a minha primeira meia no mesmo ano, em junho de 2022", lembra. Raphael, por sua vez, desde 2016 vinha tendo uma relação de idas e vindas com a corrida. Foi durante o período de reclusão imposta pela pandemia da Covid-19, em 2020, que passou a se cuidar mais e a dedicação ao esporte veio com constância e regularidade. "Durante a pandemia, mudei hábitos e passei a me exercitar com mais disciplina. Perdi 15kg durante o lockdown, e depois disso voltei a fazer corridas curtas para me manter ativo. Até que fui tomando mais gosto pela coisa e o bichinho me picou. Deu no que deu!", diverte-se ele, que em 2023 realizou a Maratona do Rio e se prepara para o próximo desafio de 42km em Nova York, uma das seis Majors mais desejadas pelos atletas amadores de todo o planeta.


Caminhos cruzados pelo destino

Apaixonados até então apenas pela corrida, o casal veio a se conhecer - obviamente - nas pistas. Além de fazerem parte da mesma equipe de assessoria, treinavam no mesmo horário e no mesmo local: a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Não deu outra. "A gente se cruzava, cada um indo para um lado, e sempre rolava aquele 'oi, bom dia!'", lembra Juliana.


O primeiro treino lado a lado aconteceu por conta de um teste de 3km proposto pela coach Luciana Toscano a toda a equipe. Foi a oportunidade que faltava para Juliana pedir uma força para o Rapha. E ele a impulsionou para ir além de seus limites, acompanhando o seu ritmo. Era como se ele dissesse, "confia e vai", e ela foi. Ali tudo começou, cada um, a seu modo, tentando conquistar o outro com a corrida. "Naquele dia, pedi para o Rapha ser meu 'pacer'. Mas acho que eu queria aparecer, né? (risos). Ele topou na hora. Eu estava morrendo, mas tinha que fingir costume no pace sub-5. Mas valeu a pena", admite Juliana.


O primeiro treino juntos, em um teste de 3km na Lagoa Rodrigo de Freitas: Raphael puxou a parceira, que pediu ajuda


Correndo juntos - sempre!

Não demorou muito para que eles começassem a namorar e correr juntos se tornou uma rotina na vida de Juliana e Raphael. Mesmo com ritmos e hábitos diferentes, o casal faz questão de manter a corrida a dois como um dos itens "obrigatórios" do dia a dia. "Não nos atrapalha em nada. Pelo contrário, como temos o mesmo estilo de vida, então correr juntos só nos motiva. É uma delícia compartilhar um hobby com quem amamos. Então, se for possível, apenas façam. Para nós, ainda rende umas fotos 'top' de vez em quando", gaba-se Juliana.


Claro que, para a rotina funcionar, eles têm que lidar com desafios e ajustes. Mas nada que os abale. Na verdade, eles até riem dos pequenos sacrifícios. "Por conta do meu trabalho, acabo tendo que ir correr muito cedo. Ele poderia ir um pouco mais tarde, mas faz questão de acordar para ir comigo. E o nosso maior desafio é que somos diferentes pela manhã: enquanto eu acordo já em cima da hora no pique, ele acorda com toda antecedência do mundo, toma café com calma, às vezes até lê antes de sair! Deixo ele meio doido com minha correria", complementa a cardiologista, aos risos.


Na prática, além do bom humor, há muita disciplina. Eles se organizam para fazer pelo menos o aquecimento inicial da corrida na companhia um do outro, e quando o treino do Raphael é mais leve, cumprem a planilha toda juntos. "Isso nos proporciona tempo de qualidade juntos, batendo papo, vendo paisagens magníficas. Correr juntos é um exercício de companheirismo para o casal. Dificilmente, os volumes e paces serão iguais. Por isso, faz parte do companheirismo saber flexibilizar seu treino, seu horário, suas distâncias e seus paces. Se pensarmos bem, em tudo mais na vida também não é assim?", enfatiza Juliana. "Além de tudo isso que ela falou, para mim, é um privilégio poder praticar meu hobby preferido na companhia da minha pessoa preferida", acrescenta Raphael.


Muito além das pistas

Fora das pistas, a vida do casal também gira muito em torno da corrida, buscando e trocando conhecimentos sobre tênis, suplementos, alimentação nas horas de lazer. "Rapha assiste vários vídeos no YouTube sobre tênis, principalmente. Ele fala que é o sommelier de tênis (risos). Além disso, é muito regrado e come muito bem, o que me inspira. Sobre suplemento, nós dois gostamos bastante de pesquisar e testar. Até degustação às cegas de whey já fizemos (risos). Estou aprendendo tudo isso com ele", admite Juliana.

Além de momentos como esses, a jornada deles também tem sido marcada por episódios muito românticos, claro. Eles já viajaram juntos para correr uma etapa do WTR e não se cansam de ver o sol nascer em lugares belíssimos como a Pedra da Proa, no Alto da Boa Vista e a Vista Chinesa. "Um momento muito especial que me lembro foi a minha chegada na Meia Maratona do Cristo. Foram 21km subindo morro pesado, muito frio, muita chuva! Quando cruzei o pórtico, dei de cara com o Rapha enroladinho no alumínio me esperando. Ele tinha ido bem mais rápido e estava há um tempão me aguardando", recorda Juliana. E como não podia deixar de ser, um dos sonhos da vida a dois também está em plena sintonia com o esporte. "Queremos fazer as Majors juntos. Seria um sonho fazer tanta viagem legal juntos e ainda completar esses desafios", concluem. Desafio

Convidamos o casal para um ping-pong e foi muito divertido. Dá o play para conferir!



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